quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Modernismo - 3ª geração

 
 MODERNISMO – 3ª GERAÇÃO
A Geração de 45, no contexto da ou 3ª fase modernista (1945-1980) inclui aspectos pós-modernos. Por isso é também chamada de “Fase Pós-Moderna”, com rupturas entre a primeira e a segunda fase. Surgiu com a "Revista Orfeu" (1947) e reuniu artistas preocupados em buscar uma nova expressão literária, por meio da experimentação e inovações estéticas, temáticas e linguísticas.
CONTEXTO HISTÓRICO: A Segunda Guerra Mundial ocorreu entre 1939 a 1945. A geração de 45 marca o início da Guerra Fria, da corrida armamentista, bem como o fim da segunda guerra e de muitos governos totalitários. No Brasil, foi o período da redemocratização do país e a Era Vargas. Com Getúlio Vargas no poder, essa fase seria marcada pela repressão, censura e a ditadura que avançava.
CARACTERÍSTICAS: Uma das principais características dessa geração era o desejo de conciliar a modernidade e a tradição. Nas artes visuais, a descrição da realidade cedeu lugar à composição abstrata. Na literatura, a pesquisa sobre a linguagem literária tornou-se um ponto importante para o trabalho de escritores que, a exemplo do que já acontecera na geração anterior, usavam o  texto literário  para denunciar as injustiças sociais. Havia a preocupação com o aspecto formal do texto, o que dividiu o grupo: de um lado, os autores que seguiam a estética do  Parnasianismo; de outro, os que se dedicavam a uma linguagem racional, objetiva e sintética.
PROSA E POESIA: A Geração de 45 representou uma arte mais preocupada com a palavra e a forma - no caso de João Cabral e Guimarães Rosa - ao mesmo tempo que explorava assuntos essencialmente humanos, como na obra de Clarice Lispector.
A poesia de João Cabral de Melo Neto, o principal poeta da geração de 4, representa uma ruptura com a tradição lírica da poesia, centrada geralmente nos sentimentos do eu lírico; sua linguagem é racional, objetiva e enxuta; é uma linguagem-objeto, que tenta sugerir, pela forma , o objeto de que trata.
Tanto a prosa quanto a poesia foram exploradas nesse período, no entanto, de maneira mais intimista, regionalista e urbana.
A poesia, para os pós-modernistas, nada mais era do que a arte da palavra, e trazia, dessa forma, um intenso rompimento com o caráter social, político, religioso e filosófico que foi explorado pela geração anterior.

PRINCIPAIS AUTORES E OBRAS: João Cabral de Melo Neto, com obras como “Morte e Vida Severina”, Clarice Lispector, com “A Hora da Estrela”, João Guimarães Rosa, com “Grande Sertão: Veredas”, além de outros autores como Ariano Suassuna, Lygia Fagundes Telles e Mário Quintana.

RESUMINDO: Retorno às conquistas estéticas de 1922; Revalorização da rima, da métrica, do vocabulário erudito (influência parnasiana); Referências mitológicas; Academicismo e Compromisso social.

FUNÇÕES DA LINGUAGEM


ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO E AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM
* Emissor: Locutor ou falante, quem emite a mensagem para um ou mais receptores uma pessoa, um grupo de indivíduos, uma empresa, dentre outros.
* Receptor: Interlocutor ou ouvinte, quem recebe a mensagem emitida pelo emissor.
* Mensagem: É o objeto utilizado na comunicação, o conteúdo ou conjunto de informações transmitidas pelo locutor.
* Código: É o conjunto de signos que serão utilizados na mensagem
* Canal de Comunicação: Local (meio) onde a mensagem será transmitida: jornal, livro, revista, televisão, telefone, etc.
* Contexto: Referente, trata-se da situação comunicativa em que estão inseridos o emissor e receptor.
.FUNÇÕES DA LINGUAGEM: São as formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante, que determinam o objetivo dos atos comunicativos. Cada função desempenha um papel relacionado aos elementos presentes na comunicação. 

1 - Função Referencial/Denotativa/Cognitiva/Informativa - (Elemento – contexto): O objetivo principal é informar, referenciar algo. O texto é escrito na 3ª pessoa (singular ou plural) enfatizando seu caráter impessoal, por meio de uma linguagem denotativa, informa a respeito de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem. Exemplos: Materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos.

2 -  Função Emotiva ou Expressiva - (Elemento – emissor): O objetivo principal é transmitir emoções, sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião. Texto escrito em 1ª pessoa, voltado para o emissor, pois possui um caráter pessoal, marcado pelo uso de sinais de pontuação, a exemplo de reticências, ponto de exclamação, etc. Exemplos: Textos poéticos, as cartas, os diários.

3 -  Função Poética/ Conotativa /Estética – (Elemento – mensagem): Nessa função, o emissor preocupa-se com a maneira como a mensagem será transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Esse tipo de função figura nos textos literários, na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).

4 -  Função Fática – (Elemento - canal de comunicação): O objetivo é estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no canal de comunicação. Muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento, saudações, conversa ao telefone, etc.

5 - Função Conativa/Apelativa/ Imperativa– (Elemento - receptor): É caracterizada por uma linguagem persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor. Esse tipo de texto costuma se apresentar na 2ª ou na 3ª pessoa com a presença de verbos no imperativo e o uso do vocativo. Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos políticos, a fim de influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida. Exemplos: Vote em mim!

6 -  Função Metalinguística - (Elemento - código) É caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que refere-se a ela mesma. O emissor explica um código utilizando o próprio código. Um texto que descreva sobre a produção de um texto (metatexto) ou um documentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema são alguns exemplos. Presente nas gramáticas e nos dicionários.