segunda-feira, 7 de março de 2022

 

A DISPUTA DOS COMPONENTES CURRICULARES  


No início do ano letivo, as disciplinas escolares começaram uma disputa. Cada uma se considerava a melhor, a mais importante, a mais útil, a favorita entre todas.

A LÍNGUA PORTUGUESA disse em verso e em prosa: “Claro que sou a mais importante. São minhas regras que facilitam a leitura a escrita e a comunicação.

A LÍNGUA INGLESA com seu sotaque estrangeiro afirmou: “Eu sou o veículo de intercâmbio cultural. Sou a língua da comunicação mundial e abro portas para a conquista do mundo”.

A LÍNGUA ESPANHOLA se pronunciou: “Sou um dos idiomas oficiais da ONU e fundamental para quem busca crescer em suas áreas de atuação, principalmente na área de negócios ligados ao Mercosul”.

 A MATEMÁTICA foi categórica: “Sou preciosa porque sirvo às necessidades da vida humana. Estou presente em todos os segmentos da vida e em todas as tarefas executadas no cotidiano, seja na compra de um simples pão como na aplicação de um grande investimento financeiro.

A GEOGRAFIA foi logo demarcando território: “Eu sou fundamental para entender a dinâmica do espaço e auxiliar no planejamento das ações do homem sobre ele, ensino-o a trilhar caminhos em retas e curvas e a traçar os mapas da vida”.

A HISTÓRIA alegou: “Eu sou a “mestra da vida”, pois entendendo o passado pode-se extrair lições para se orientar no presente, diante dos problemas que se apresentam”.

A FILOSOFIA, de forma bem didática, após muito refletir, deixou claro que dá ao aluno a oportunidade de desenvolver um pensamento independente e crítico, ou seja, de experimentar um pensar individual.

A SOCIOLOGIA discorreu sobre sua importância na busca da compreensão das causas e consequências do que ocorre no mundo, ajudando os estudantes a entender e procurar soluções para os males que estamos vendo e vivenciando na atualidade.

A QUÍMICA se manifestou afirmando que é multifuncional e, que sem as suas conquistas espetaculares jamais teriam acontecido avanços no tratamento de doenças, a exploração espacial e as maravilhas da tecnologia.

A BIOLOGIA foi logo declarando: “Não é à toa que exerço grande fascínio em todos que me conhecem, pois sou uma ciência que tento explicar os fenômenos ligados à vida e à sua origem”.

A FÍSICA não se conteve e falou: “Eu sou fantástica, pois estudo os elementos mais fundamentais da natureza, não só por curiosidade, mas por uma questão de sobrevivência. Ajudo-os a compreender desde o simples fato de caminhar até o movimento das galáxias”.

A EDUCAÇÃO FÍSICA não se fez de rogada: “Eu sou importante em todos os seguimentos, já que promovo o desenvolvimento integral, a vida saudável, a socialização, o espírito de equipe e a prática do desporto”.

Por fim, a ARTE declarou que tem um papel fundamental na formação integral do aluno por possibilitar o desenvolvimento da sensibilidade e da criatividade através da magia, da fantasia e da descoberta.

De repente, ouve-se um ruído! Eis que surge a GESTÃO ESCOLAR bradando: “É inadmissível que vocês estejam nessa disputa! Será que vocês não sabem que cada componente curricular traz um propósito especial, possui sua importância e auxilia o aluno a desenvolver suas habilidades?

Assim, os componentes curriculares entenderam que todos são importantes. Elas deram-se as mãos e, juntas, começaram mais um ano letivo.

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