A DISPUTA DOS COMPONENTES CURRICULARES
No início
do ano letivo, as disciplinas escolares começaram uma disputa. Cada uma se considerava
a melhor, a mais importante, a mais útil, a favorita entre todas.
A LÍNGUA PORTUGUESA disse em verso e em
prosa: “Claro que sou a mais importante. São
minhas regras que facilitam a leitura a escrita e a comunicação.
A
LÍNGUA INGLESA com seu sotaque
estrangeiro afirmou: “Eu sou o veículo de intercâmbio cultural. Sou a língua da
comunicação mundial e abro portas para a conquista do mundo”.
A
LÍNGUA ESPANHOLA se pronunciou: “Sou um dos idiomas
oficiais da ONU e fundamental para quem busca crescer em suas áreas de atuação,
principalmente na área de negócios ligados ao Mercosul”.
A MATEMÁTICA
foi categórica: “Sou
preciosa porque sirvo às necessidades da vida humana. Estou presente em todos os segmentos da
vida e em todas as tarefas executadas no cotidiano, seja na compra de um
simples pão como na aplicação de um grande investimento financeiro.
A GEOGRAFIA foi logo demarcando
território: “Eu sou fundamental para entender
a dinâmica do espaço e auxiliar no planejamento das ações do homem sobre ele,
ensino-o a trilhar caminhos em retas e curvas e a traçar os mapas da vida”.
A HISTÓRIA alegou: “Eu sou a “mestra da vida”, pois entendendo
o passado pode-se extrair lições para se orientar no presente, diante dos
problemas que se apresentam”.
A
FILOSOFIA, de forma bem didática, após
muito refletir, deixou claro que dá ao aluno a oportunidade de desenvolver um
pensamento independente e crítico, ou seja, de experimentar um pensar
individual.
A SOCIOLOGIA discorreu sobre sua
importância na busca da compreensão das causas e consequências do que ocorre no
mundo, ajudando os estudantes a entender e procurar soluções para os males que
estamos vendo e vivenciando na atualidade.
A
QUÍMICA se manifestou afirmando que é multifuncional e, que sem as suas
conquistas espetaculares jamais teriam acontecido avanços no tratamento de doenças,
a exploração espacial e as maravilhas da tecnologia.
A
BIOLOGIA foi logo declarando: “Não é
à toa que exerço grande fascínio em todos que me conhecem, pois sou uma ciência
que tento explicar os fenômenos ligados à vida e à sua origem”.
A
FÍSICA não se conteve e falou: “Eu
sou fantástica, pois estudo os elementos mais fundamentais da natureza, não só
por curiosidade, mas por uma questão de sobrevivência. Ajudo-os a compreender
desde o simples fato de caminhar até o movimento das galáxias”.
A
EDUCAÇÃO FÍSICA não se fez de
rogada: “Eu sou importante em todos os seguimentos, já que promovo o
desenvolvimento integral, a vida saudável, a socialização, o espírito de equipe
e a prática do desporto”.
Por
fim, a ARTE declarou que tem um
papel fundamental na formação integral do aluno por possibilitar o
desenvolvimento da sensibilidade e da criatividade através da magia, da
fantasia e da descoberta.
De
repente, ouve-se um ruído! Eis que surge a GESTÃO
ESCOLAR bradando: “É inadmissível que vocês estejam nessa disputa! Será que vocês não sabem que cada componente
curricular traz um propósito especial, possui
sua importância e auxilia o aluno a desenvolver suas habilidades?”
Assim,
os componentes curriculares entenderam que todos são importantes. Elas deram-se
as mãos e, juntas, começaram mais um ano letivo.