terça-feira, 23 de novembro de 2021

Sarau Literário do Reino Letrado

 

SARAU LITERÁRIO DO REINO LETRADO

                                   

         Fonte: http://edu-candoconstruindosaber.blogspot.com/2014/09/generos-textuais.html. acesso em 21/11/2021

 

          No Reino Letrado, a Textualidade, uma sábia e coerente rainha, governa os gêneros textuais. Quando há algum conflito entre os súditos, Sua Majestade age prontamente no sentido de pacificá-los, acionando a Coesão, integrante da Guarda Real, que acalma os ânimos e mantém a harmonia entre frases, períodos e parágrafos.

          Na difícil missão de governar um povo tão letrado, a soberana conta com o auxílio do Conselho dos Gêneros formado por textos instrucionais e prescritivos como a Bula e o Rótulo, cujo objetivo é ensinar ou orientar. Esse conselho é responsável pela organização do banquete, coordenado pela Receita, e pelas regras de etiqueta do palácio, formuladas pelo Manual, pelo Guia e pelo Folheto.

          Anualmente a rainha promove o Sarau Literário do Reino Letrado visando prestigiar os moradores que se manifestam em verso e em prosa. Todos aguardam ansiosos por esse badaladíssimo evento e capricham nos figurinos, os suportes textuais. Alguns investem em cursos de caligrafia, outros em oratória e há até quem se aventure nas artes, tudo para impressionar a realeza.

          Essa festa literária é uma oportunidade ímpar para os gêneros textuais que gostam de chamar a atenção e despertar o interesse dos interlocutores. É o caso do Anúncio, do Cartaz e da Propaganda que capricham nos looks, pois adoram se exibir usando slogans e imagens bem chamativos.

           O comitê responsável pela convocação dos gêneros é comandado pelo primeiro-ministro, o Convite, que acompanhado da Carta, do Bilhete e do E-mail sai pelo reino transmitindo a mensagem palaciana.

          O sarau tem início com a entrada triunfal da vaidosa rainha, anunciada pela Biografia, uma amiga íntima que sabe tudo sobre sua vida, inclusive que desde a infância Sua Majestade tem a mania de registrar suas memórias num Diário. Nem preciso dizer que ela sempre arrasa nos figurinos e atrai todos os holofotes ao caminhar altiva pelo tapete vermelho.

          Durante o evento há momentos de pura emoção, provocados pelo Poema que se esmera no recital, e de humor, causados pelas bobas da corte: a Anedota, a Tirinha e a Piada, que adoram divertir os leitores e ouvintes. 

          A magia e o encantamento ficam por conta das Lendas, dos Mitos, dos Contos, das Novelas e dos Romances, narrativas que transportam os interlocutores ao mundo da fantasia e da imaginação, mas as Fábulas vão além e dão sempre um puxãozinho de orelha, transmitindo um ensinamento moral.

          Os bate-papos rolam soltos com uso da variedade linguística despertando a curiosidade da Entrevista que não perde a chance de colher opiniões dos convidados sobre os babados do momento. Lógico que o Artigo de Opinião também não se faz de rogado e desenvolve uma tese sobre o tema.

          A Crônica, um gênero muito versátil, que milita entre a realidade e a ficção, cola na Notícia e na Reportagem, gêneros que têm como finalidade informar os leitores. É que a Crônica precisa estar sempre bem informada, já que se inspira nos fatos do cotidiano para esbanjar charme nos jornais e revistas.

          A Charge, sempre crítica e exagerada, fica um tanto isolada com sua inseparável lupa. Ela não é muito sociável porque vive satirizando os acontecimentos ou os personagens de destaque, sendo, por isso, temida principalmente por personalidades políticas.

          O ponto alto é o baile de gala, que tem transmissão ao vivo nas redes sociais para a diversidade de gêneros ausente no evento. Por fim, a rainha Textualidade faz o Discurso de encerramento, recomendando que todos continuem cumprindo sua função social de advertir, convencer, criticar, divertir, ensinar, informar, instruir, narrar, opinar, orientar, solicitar...  

                                                                               Asor Almeida

                                                

         

domingo, 21 de novembro de 2021

PATRULHA DA SAÚDE CONTRA O CORONAVÍRUS

 

                                                 PATRULHA DA SAÚDE CONTRA O CORONAVÍRUS

                                                                                                Autora: Ranniere Almeida

                                                                                Coautora: Asor Almeida

            Certo dia, oito super-heróis, que faziam parte da Patrulha da Saúde, estavam reunidos no seu QG. Eles receberam uma importante missão: combater o grande vilão da humanidade no séc. XXI, o Coronavírus.

             A  Água Maravilha, que a tudo limpa e reflete o que há de melhor no mundo, foi a primeira a se manifestar:

             _ nessa, mas sei que a missão não será fácil, pois os humanos são tão teimosos!!!

            O Sabão, sempre prestativo, disse:

             _Amiga, fique tranquila, estarei nessa com você. Juntos, seremos imbatíveis contra esse vilão!

             O super Álcool em Gel falou:

             _ Companheiros, darei uma mãozinha na ausência de vocês.

             O Álcool 70%, um super-herói que deve ser acionado apenas por adultos, declarou:

          _ Embora tenha que me manter distante de crianças e animais, estarei à disposição para o combate desse vírus. Contem comigo!

              A Máscara, uma heroína muito charmosa, assegurou:

              _ Sei que será uma missão muito difícil porque esconderei os sorrisos, mas farei isso para proteger quem me usar. Ah, tenho até uma dica para os humanos: “Sorriam com os olhos!”

               O Distanciamento Social, sentado bem distante de todos, afinal é rigoroso quando se trata de evitar aglomeração, foi categórico:

            _ Estarei vigilante! Fita métrica em mãos, deixarei bem claro que cada um deve ficar em seu quadrado e com, no mínimo, um metro e meio de distância. E também não permitirei abraços e apertos de mão.     

               A sensata Consciência manifestou-se:

            _ Amigos, como guardiã das ações humanas, serei implacável!  Emitirei sinais de alerta no íntimo das pessoas para que elas entendam como suas atitudes individuais podem afetar a sociedade e reconheçam cada um de vocês como verdadeiros super-heróis no combate a esse vírus.

            Por fim, chegou uma super-heroína muito aguardada, a Vacina, rainha da prevenção que chegou se desculpando:

         _ Amigos e amigas, desculpem o atraso! É que estive em laboratórios participando de testes e ajustes para que pudesse  proteger as pessoas contra esse grande vilão. 

            Assim, a Patrulha da Saúde saiu em missão pelo mundo protegendo as pessoas. E o Coronavírus? A última vez que ele foi visto estava se derretendo de tanto medo!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Irmãs gêmeas

                    


                                                       

                    As gêmeas da comunicação

                    São diferentes na personalidade

                    Semelhantes na intenção

                    E lutam pela mesma finalidade.

 

                    Uma é recatada e elegante

                    Obediente e singela

                    Erudita e perseverante

                    É Formal essa donzela.

 

                    A outra é mutante

                    Descontraída e tagarela

                    Espontânea e variante

                    Informal é o nome dela. 


                    Formal é culta e focada

                    Prima pela objetividade

                    Essa jovem sofisticada

                    Respeita as formalidades.


                    Informal ama a subjetividade

                    Coloquial, usa gíria e palavrão

                Seu lance é a informalidade

                Às vezes é tão sem noção!


                Formal é a voz da gramática

                Informal é a fala do povão

                A primeira é clara e enfática

                A segunda abusa da abreviação.



  


                                                                 Asor Almeida


sábado, 13 de novembro de 2021

Proclamação da República

 

          

Adeus, Monarquia!

                                Asor Almeida



FONTE: http://www.rabbitmkt.com.br/web_datas_comemorativas.

 

No Rio de Janeiro, na Praça da Aclamação

Em 15 de novembro, Marechal Deodoro agiu

Patriota e brasileiro, filho deste chão

Proclamou a República do Brasil.

 

Graças a esse feito grande e notório

Tornou-se presidente da nação

À frente de um governo provisório

Promulgou uma nova Constituição.

 

Pôs a pátria em mãos brasileiras

Deu adeus à Monarquia e à Família Real

Deu-nos uma legítima bandeira

Promoveu mudança política e cultural.

 

O poder deixou de ser herança

Houve mudança na forma de governar

Hoje o eleito exerce a governança

Mas com o povo deve combinar.